Pré-candidatura Esquizofrênica: uma queda anunciada pela rejeição. Afirmo que já começou mal mostrando o tamanho de sua futura queda com essa autodeclaração que, no mínimo pode ser interpretada como comportamento perturbado ou apavorado. Essa perturbação e incoerência de comportamento político está associada ao seu perfil de sempre querer fazer valer sua vontade (e de sua família) no âmbito público. Mas é o Gato Angorá que melhor exemplifica o comportamento do animal político em momento de uma pré-candidatura.
Por Antonio Marcos P. dos Santos - Mestrando de Ciência Política/Unicamp
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Majoritariamente brancos, peludos e de olhos verdes, os gatos angorás foram domesticados pela antiga realeza da Turquia. Muito sensível a rejeição.
Qual a carta ou trunfo Maura Jorge conta para se declarar pré-candidata ao governo do Maranhão pelo nanico PTN? Afirmo que já começou mal mostrando o tamanho de sua futura queda com essa autodeclaração que, no mínimo pode ser interpretada como comportamento perturbado ou apavorado. Essa perturbação e incoerência de comportamento político está associada ao seu perfil de sempre querer fazer valer sua vontade (e de sua família) no âmbito público. O forte apego de Maura Jorge a esse comportamento patronal impede propositalmente que a mesma tenha desenvolvido a capacidade de enxergar que seu modelo coronelista está perdendo espaço. Para além dessa lógica bem observada tem uma constatação prática de alguns elementos que ajuda a entender a dinâmica psicológica e política desse comportamento perturbado típico de gato angorá quando percebe que não encontra mais colo para curtir suas mordomias.
Assim como vejo uma gradual e lenta rejeição das práticas políticas coronelistas por parte da modernização democrática, também observo uma forte resistência das mesmas nas pequenas cidades do interior do Brasil. Poderia eu começar explicar a postura de Maura Jorge via esse fenômeno que foi o coronelismo. Porém, a obrigação didática me faz recorrer ao exemplo de comportamento animal para melhor fazer a analogia com o nosso caso em questão. Poderia também começar pelos melhores animais camufladores para me reportar às estratégias dos animais políticos, mas é o Gato Angorá que melhor exemplifica o comportamento do animal político em momento de uma pré-candidatura.
Majoritariamente brancos, peludos e de olhos verdes, os gatos angorás foram domesticados pela antiga realeza da Turquia. Muito sensível a rejeição. Se percebe que é rejeitado logo apresenta sinais de agressividade e perturbação podendo levar até a morte depois de apresentar sintomas de esquizofrenia e raiva. Sua beleza é proporcional ao tamanho de sua insegurança e imaturidade. Por medo do chão, dos predadores e de seus concorrentes sempre fica de colo em colo de seus protetores ou suspenso, por isso, uma vez bem domesticado tem dificuldade de mapear território e sobreviver longe das mordomias herdadas pela domesticação protetora. Além dessas incapacidades, o gato angorá é reconhecido pela alta infidelidade aos colos, sempre optando por aquele que melhor lhe oferecer benefícios e privilégios aos custos de esforços alheios.
Não posso dizer que qualquer semelhança é mera coincidência. Foi propositalmente escolhido para fins explicativos. Assim, tornar evidente que, o comportamento político de Maura Jorge só pode ser compreendido como resultado de rejeição de seus pares e protetores dada a sua histórica incapacidade animal de evoluir politicamente.
Do PDT de Leonel Brizola nos anos 80 ao figurativo PTN de Aluízio Mendes ex-assessor presidencial de José Sarney, secretário de Segurança no governo e principal incitador do mais recente ataque aos indígenas Gamela, Maura Jorge construí uma carreira extremamente contraditória e insustentável para a argumentação das boas ideias de políticas praticáveis. Sem identidade partidária e sem posição política já alugou, indisciplinadamente e sem sucesso, diversas agremiações partidárias. PDT, PP, PFL/DEM, PSD, esquerda, centro e direita já provaram do seu despreparo político e por isso não fizeram tanta questão de mantê-la em seus quadros políticos. Reconheço sua forte tendência governista, ou seja, sempre esteve na base dos governos do estado para garantir os privilégios que herdou do coronelismo político de Lago da Pedra. Com a queda de Roseana Sarney nas eleições de 2006 pousou de esquerdista pegando carona (oportunismo) no PDT. Como não foi possível segurar a farsa por muito tempo, logo depois do retorno de Roseana ao governo com a cassação de Jackson Lago, a filhote de coronel volta ao seu posto de origem – a direita com a falsa moral religiosa.
O espaço aqui é pequeno para quantificar suas inúmeras incapacidades, mas o suficiente para tornar compreensível, que para além de outros tantos exemplos de insucesso que marcam seu trágico e acidental percurso político, o resumo do histórico de Maura Jorge apontado acima confirma o que já é claro para um bom cidadão Lagopedrense. Essa incompetência política é visivelmente exposta pelo não feito ao bem público e pelo muito feito aos seus interesses, estendendo a função pública à lógica do patrimônio privado familiar. Um bom e atento Lagopedrense sabe claramente constatar essa deficiência durante suas oligárquicas administrações municipais. Sabe que Maura Jorge, herdeira de carreira política, sempre ocupou cargo eletivo desde 1990 na assembleia legislativa estadual e muito pouco fez pela sua cidade.
Chegando aos 50 mil habitantes com 64 anos de fundação, o município de Lago da Pedra não se orgulha, assim como as cidades vizinhas, da representatividade política figurativa que Maura Jorge fez no Poder Legislativo estadual. Os resultados são constatados no baixo indicador (IDH) do município. A educação, saúde e saneamento básico do município são necessidade urgente gritante. Sempre ao lado – base de apoio- dos últimos governos de direita no Maranhão a gata angorá não teve força política ou interesse para implantar um Centro de ensino superior de educação na cidade compatível com a necessidade da juventude. Da mesa forma que não mostrou interesse de pavimentar a estrada que dá acesso à Lagoa Grande e parte da zona rural do município, principais geradores de renda e consumidores de Lago da Pedra.
Na contramão do desenvolvimento os administradores de Lago da Pedra, incluindo Maura Jorge fizeram questão de manter esse município na periferia do avanço e da modernidade. Optando por adotar a política do favoritismo, clientelismo e do toma-lá-dá-cá onde os serviços públicos são assaltados para servir como moeda de troca e de sustentação da lógica coronelista como sua característica especializada.
Como visto, Maura Jorge não tem carta no jogo político (por não saber jogar e não ter torcida) e nem trunfo para garantir sua pré-candidatura precipitada. Tudo não passa de um apavoramento e frustração por ter sido historicamente rejeitada. Seu alto histórico de rejeição e abandono pelos inúmeros partidos que passou e seus fracassos nas administrações municipais, assim como na legislatura estadual vem dando sinais que sua imaturidade está vindo à tona e, consequentemente, sua morte política. Sua mais recente rejeição foi a proibição pelo governo do estado de que a mesma não falasse ao público em uma cerimônia inaugural na sua própria cidade. Esse episódio foi a gota d’água para que Maura Jorge entrasse em estado de agressividade por reconhecer sua incapacidade política é notável publicamente e perceber que as bases de sustentação de seu modelo coronelista estão corroendo.
O próximo passo é curto e certo. O povo de Lago de Pedra, assim como fez a maioria dos maranhenses ao lutar pelo fim da oligarquia, lutaram pelo fim das práticas políticas reacionárias do coronelismo. Os colos para os gatos angorás estão diminuindo e seus sintomas de esquizofrênicos estão aparecendo. É um sinal que eles estão reconhecendo sua incapacidade política principalmente de abortar seu pior pesadelo: a rejeição. Em vez de miar, grunhirão como último apelo. Será tarde demais! Quando a gata angorá apenas saber grunhir é sinal que a esquizofrenia é bem-vinda.
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