
Segundo populares o professor estaria sofrendo perseguição política.
Uma denúncia feita via WhatsApp ao Jornal Tribuna Maranhense relatou um suposto caso de perseguição política sofrido por um professor de inglês no município de Brejo de Areia/MA. Segundo relato, o professor Carlos Wemerson foi removido do cargo no dia que iria fazer sua renovação contratual no Centro de Ensino Rui Barbosa na qual lecionava há 3 anos, a demissão foi feita por telefone e sem qualquer explicação.
Pais e alunos não gostaram da demissão, pois viam o interesse e o ensino de qualidade passado pelo professor à 6 turmas, algumas com até mais de 50 alunos, o que não é aconselhável pela Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), então decidiram ir até o diretor Sebastião Gomes e cobrar explicações sobre o ocorrido. Segundo alunos o diretor não soube explicar o motivo pelo qual Carlos havia sido dispensando, deixando apenas a entender que o fato havia sido motivado por questões políticas, já que o professor não seria do mesmo grupo político de Sebastião.
Revoltados, alunos protestaram pacificamente na sexta-feira (08) por volta das 18:30h e organizaram um abaixo assinado pedindo a volta do professor, porém segundo relato de um aluno que preferiu não se identificar, alguns alunos teriam sido ameaçados pelo secretário de cultura do município, Magno Alves, de que se participassem do protesto, seus familiares com cargos contratados pela Prefeitura de Brejo de Areia, seriam exonerados. Outras manifestações estão previstas, mas após ameaças, alunos temem que o movimento em favor do professor seja enfraquecido.

O Jornal Tribuna Maranhense entrou em contato com o professor Carlos Wemerson, com o diretor Sebastião Gomes e com o secretário Magno Alves, para falar sobre os fatos apresentados.
Professor Carlos perguntado sobre a demissão: “ Fui informado da demissão no dia da renovação do contrato, estava no meio da viagem (na estrada) indo à Bacabal, onde é a sede da Regional da Educação.
Perguntado se Carlos havia sido informado sobre o motivo de sua demissão, ele falou que nada havia sido informado, disse ainda que até perguntou para o diretor o porquê da demissão, porém Sebastião não soube dar nenhuma explicação. O professor falou ainda que não motivou nenhum ato de protesto, mas apoio movimentos em favor de uma boa educação e profissionais de qualidade, sendo ele ou não para lecionar.
Em contato com o diretor Sebastião, ele falou que o professor Carlos é uma pessoa difícil de se relacionar no âmbito do trabalho, é hostil e faz uso de palavras duras… Falou também que essas manifestações são pequenas e momentâneas e que no final do ano passado, o que mais tinha era aluno se reclamando sobre o professor.
O diretor falou ainda que as manifestações são manobras organizadas pelo professor para desequilibrar o trabalho da escola e não cabe ao diretor demitir ninguém, o que ele faz é somente administrar a escola e enviar relatórios mensais sobre o trabalho do profissionais da instituição de ensino para regional.
O Tribuna Maranhense não conseguiu falar com o secretário de cultura, porém o espaço está aberto para esclarecimentos futuros.
Perseguição política
Dependendo de quem é a pessoa que pratica o assédio, o servidor público que se sentir perseguido por outros servidores, sejam eles concursados ou em cargos eletivos, comissionados e contratados, pode procurar a ouvidoria de seu órgão de atuação, o superior daquele que pratica o assédio ou Ministério Público.
O Ministério Público é o órgão adequado a receber a notificação do fato, pois procederá à apuração necessária ao correto enquadramento administrativo e criminal da conduta, e orientará a pessoa sob perseguição a como proceder no caso específico.
A perseguição é, infelizmente, uma prática frequente nas nos setores públicos e é preciso ter coragem para denunciar e lutar contra a prática. O Jornal Tribuna Maranhense está à disposição para denunciar e dar voz aos funcionários, no intuito de ajudar a acabar com a perseguição política sofrida por servidores públicos, seja qual for o motivo.
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